quinta-feira, 13 de junho de 2013

Tá chegando a hora =[


Pra quem teve sempre a convicção de que colocaria o filho numa creche, eu até que mudei muito rápido de idéia. Definitivamente: quando a gente se torna mãe todas as teorias viram pó muito rapidamente e a gente só consegue escutar a batida do coração. E, como tudo na vida, cada um vai costurando as escolhas de acordo com o que lhes é apresentado. No nosso caso, a primeira impressão da creche que pretendia colocar não foi boa, ouvimos nos dias pré-decisão  várias experiências negativas em creche, além do um medo danado de ver minha Marina doente, somado a indicação de uma boa pessoa pra cuidar dela e finalizado com o ajuste no orçamento: BABÁ na cabeça.

Em tempo: existem creches maravilhosas onde eu  gostaria de deixar Marina, mas não cabia no meu bolso. Estamos oferecendo o que julgamos ser melhor dentro das possibilidades e o medo de escolher errado sempre existe e nunca vai ser diferente em se tratando de filhos.

Na pratica estou a uma semana tendo que deixar minha neném no colo de outra pessoa. Já chorei, já apertei ela depois da Gerlane (a babá) ir embora e morro de saudade só de pensar na volta ao trabalho. Pois é, dentro de alguns dias, mais precisamente 1 mês acaba a licença maternidade. Não posso reclamar, afinal serão 6 meses e mais 20 dias de férias dedicados única e exclusivamente a cuidar da minha pequena. MAS, é claro que eu vou reclamar! Como vai ser viver sem esse cheirinho, esse chamego do qual eu não quero nunca mais me separa?

Não é fácil, mas é importante que tanto eu como Marina tenhamos nossa própria vida né? Nem quero pensar na volta ao trabalho, embora sonhe toda noite com isso. Será que vou dar conta? Vou ficar nervosa, com enxaqueca? Conseguirei sair no horário a partir de agora? Arrumarei tempo pra administrar tudo isso?

Se estou preparada, não importa. Dia 08 de julho passarei o crachá na catraca e retomarei minhas atividades laborais, com coração apertado sim, mas eu realmente não tenho do que reclamar.

domingo, 5 de maio de 2013

Acabou a espera: Nasceu Marina!


36 semanas, quinta feira, 20 de dezembro, às 9:10h ela nasceu. Foi completamente inesperado, mas perfeito. Num dia de semana normal em que eu iria trabalhar e comparecer a mais uma confraternização, antes que pegasse direito no sono, 2:00h da manhã começam os primeiros sinais: perda de liquido, dor de barriga (acho que foi de medo) e leve contrações. Eu realmente não sabia ainda se ela iria nascer, afinal primeiro filho é tudo muito estranho, mas ao passo que as contrações aumentavam de intensidade e freqüência corri pra engomar as únicas peças de roupa lavadas e então arrumar a mala da maternidade. Sim, arrumar o que devia estar pronto. Só a Marina estava pronta, nem a mãe dela estava.




Em algumas horas havia uma criança, minha filha, a esperada Marina, tão pequena, tão frágil aos meus olhos e tão dependente de mim. Na minha cabeça passavam muitas sensações! A alegria e por que não dizer orgulho do meu parto normal, da minha superação pessoal, o pensamento ainda em emails do trabalho não respondidos, pendências, muitas pendências, os encontros natalinos marcados, a possível viagem para a serra no fim de semana, aquela noite de sono de despedida... hahahaha Quem disse que a vida é tão programável assim?
Em casa,  completamente reestabelecida e disposta (viva o parto normal), no dia seguinte chego com meu pacotinho nos braços. O pai passou uma semana chorando sempre que olhava pra ela, lágrimas de gratidão e felicidade pelo sonho realizado, pela graça alcançada, mesmo pra um cético como ele. Eu só conseguia enxergar responsabilidades e medo, muito medo, de tudo o que pudesse acontecer a um ser tão pequenino. E dependia de mim, única e exclusivamente – era o que pensava e pesava. Cuidado pra não ter mosquito no cortinado, se não arrotou vai engasgar, tá gemendo, botando a língua pra fora como se fosse vomitar, só dorme, não dorme, não quer mamar, engasgou com o leite.... ah, não dá pra enumerar a quantidade de medos que passaram e ainda passam diariamente na minha cabeça. Ictericia, eritema toxico, carocinho no rosto, cocô verde... onde era que estavam essas leituras nos tantos blogs e livros que busquei durante a gestação? E as amigas com bebe que visitei não me falaram nada a respeito.... tudo isso me soava como: Patrícia, ninguém tem esses medos e nóias não... só tu mesmo, bicha besta! Daí pronto, vesti a carapuça da mãe ultra insegura e que passa toda essa insegurança pro bebê. Gente, eu pirei, com certeza.

Cólicas, o leite que parecia acabar e mais uma vez o desespero de sentir que nada mesma estava ao meu alcance, ao meu controle. Marina chorava e eu chorava junto, por vê-la chorar e por me sentir culpada em não saber fazê-la parar de chorar. Felizmente a natureza, o tempo e os pais e bebês se encarregam de encontrar um caminho para lidar com as etapas que surgem.

Hoje Marina está com mais de 4 meses. Meus dias tem sido cuidar exclusivamente dela, do jeito que acho certo, do jeito que li, que me disseram, que eu consigo. A salada de pensamentos continua sobre o que é certo. Educação com apego, peito à livre demanda com uma certa rotina? Rotina rígida, técnicas para fazê-la dormir no berço? Não existe fórmula, minha gente, essa é das poucas certezas que tenho, uma outra delas é que eu sei amar muito a minha filha e espero que isso seja pelo menos meio caminho pra chegar onde queremos.




Espero a partir de agora retomar um pouco o blog. Assunto é que não vai faltar!