Pra quem teve sempre a convicção de que colocaria o filho
numa creche, eu até que mudei muito rápido de idéia. Definitivamente: quando a
gente se torna mãe todas as teorias viram pó muito rapidamente e a gente só
consegue escutar a batida do coração. E, como tudo na vida, cada um vai
costurando as escolhas de acordo com o que lhes é apresentado. No nosso caso, a
primeira impressão da creche que pretendia colocar não foi boa, ouvimos nos
dias pré-decisão várias experiências negativas
em creche, além do um medo danado de ver minha Marina doente, somado a
indicação de uma boa pessoa pra cuidar dela e finalizado com o ajuste no
orçamento: BABÁ na cabeça.
Em tempo: existem creches maravilhosas onde eu gostaria de deixar Marina, mas não cabia no
meu bolso. Estamos oferecendo o que julgamos ser melhor dentro das
possibilidades e o medo de escolher errado sempre existe e nunca vai ser
diferente em se tratando de filhos.
Na pratica estou a uma semana tendo que deixar minha neném
no colo de outra pessoa. Já chorei, já apertei ela depois da Gerlane (a babá)
ir embora e morro de saudade só de pensar na volta ao trabalho. Pois é, dentro
de alguns dias, mais precisamente 1 mês acaba a licença maternidade. Não posso
reclamar, afinal serão 6 meses e mais 20 dias de férias dedicados única e
exclusivamente a cuidar da minha pequena. MAS, é claro que eu vou reclamar!
Como vai ser viver sem esse cheirinho, esse chamego do qual eu não quero nunca
mais me separa?
Não é fácil, mas é importante que tanto eu como Marina tenhamos
nossa própria vida né? Nem quero pensar na volta ao trabalho, embora sonhe toda
noite com isso. Será que vou dar conta? Vou ficar nervosa, com enxaqueca? Conseguirei
sair no horário a partir de agora? Arrumarei tempo pra administrar tudo isso?
Se estou preparada, não importa. Dia 08 de julho passarei o
crachá na catraca e retomarei minhas atividades laborais, com coração apertado sim, mas
eu realmente não tenho do que reclamar.